Machu Picchu, a cidade Inca perdida no Peru

Machu Picchu Pueblo, Aguas Calientes e Ruínas Incas

Machu Picchu Pueblo, Aguas Calientes e Ruínas Incas 1outubro/2019 – chegamos ao destino final de nossa viagem pelo Peru. O nome original do lugar era Aguas Calientes, por conta das deliciosas piscinas de águas termais que afloram do solo.
Mais recentemente o nome foi modificado para Machu Picchu Pueblo, ficando mais apropriado turisticamente, já que as ruínas da cidade de Machu Picchu estão na montanha que só pode ser acessada a partir daqui. Viemos de Ollantaytambo numa deliciosa viagem de trem, pela Peru Rail, na composição Expedition, acompanhando o leito do rio Urubamba.

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Ficamos hospedados no Gringo Bills Boutique Hotel (fotos abaixo), junto da praça Manco Capac (foto acima).

Machu Picchu Pueblo, Aguas Calientes e Ruínas Incas 3 Inicialmente nos colocaram num quarto logo no piso térreo, que aparentemente parecia perfeito. Entretanto, quando chegamos para dormir, descobrimos que ficava ao lado da sala de convivência e bate papo dos hóspedes. Impossível descansar. Pedimos e fomos atendidos. Fomos transferidos para outro quarto, esse já no 3º andar, sem elevador. Valeu o esforço em troca de uma boa noite de sono. O valor da diária de casal foi de US$60,66 (R$240,00), incluindo o café da manhã (garimpado no Booking).

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Nosso primeiro compromisso foi comprar as passagens (dia seguinte) no ônibus que leva os turistas até o alto da montanha para visitar as ruínas da cidade de Machu Picchu. Os bilhetes são individuais e nominais, ao custo de US$24,00 (R$96,00).

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Os ingressos para visitar a cidade perdida de Machu Picchu nós já havíamos comprado com 2 meses de antecedência, já que a procura é muito grande. Por hora entram 800 pessoas no atrativo. Não deixe para a última hora. O custo do ingresso é de 66,58 soles (R$83,00). Admire-se, mas o ticket do ônibus é mais caro que a visita. Surprised smile

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Desde janeiro deste ano (2019), o acesso à cidade perdida de Machu Picchu é definido com hora específica de entrada. São 9 horários diários (de 6 da manhã até as 14 hs da tarde). Os ônibus que levam ao alto da montanha (única forma de subir, além de a pé), também saem por horário, atendendo aos turistas que possuem o ingresso daquela hora. Tudo muito bem organizado.

Nosso segundo compromisso foi conhecer e curtir as piscinas de águas termais, também chamadas de Aguas Calientes. O ingresso sai por 20,00 soles (R$25,00). Leve sua toalha caso não queira pagar por uma. Você tem direito a guardar suas roupas num armário com chave. Não esqueça roupa de banho, sabonete e sandálias.

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São várias piscinas, cada uma com uma temperatura diferente, variando de 38ºC a 46ºC. Você leva 15 minutos a pé desde o centrinho da cidade. Aqui não há carros. Essas águas vêm de uma fonte natural, de origem vulcânica. Afirma-se que os Incas já se valiam das propriedades medicinais dessas águas. A cor das piscinas é de um amarelo escuro, parecendo sujas, mas é decorrência da presença do enxofre. Aqui não se nada. Os banhos são de imersão. O serviço de bar leva seus drinks até a beira das piscinas. Uma delícia.

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Machu Picchu Pueblo, Aguas Calientes e Ruínas Incas 8A noite, saímos para bater perna pelas ruas estreitas da cidade, e escolher um restaurante para comer alguma coisa.
A ideia era dormir cedo, já que nossa entrada nas ruínas estava marcada para 8:00 da manhã. Escolhemos o La Casa de Abuelita, onde comemos uma pizza simples, sem grandes surpresas.

O dia seguinte amanheceu chuvoso. Seguimos para o local de partida dos ônibus que sobem a montanha. As filas são imensas, mas não se preocupe. Localize a fila do seu horário deMachu Picchu Pueblo, Aguas Calientes e Ruínas Incas 9 entrada (destacado no seu ingresso), munido do bilhete e de documento de identificação. Rapidamente as filas desaparecem e você já está a caminho do alto da montanha. A viagem leva 30 minutos. A neblina estava forte e a chuva fina persistente. Ao chegar, você precisa se encaixar num grupo com guia, já que o acesso só é permitido guiado. No local existem muitos guias prontos para lhe conduzir no passeio. O valor pode variar um pouco, em razão do número de turistas de seu grupo. Nosso grupo tinha 8 pessoas. A taxa do guia ficou em 15 soles (R$19,00) para cada um. Ou seja, a taxa do guia varia de 102 a 150 soles (R$180,00).

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Como falamos, a neblina tirou um pouco da beleza daquelas fotos clássicas das ruínas, mas com o passar das horas, o tempo foi abrindo, a chuva passando e pudemos aproveitar bem o passeio.

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Aqui também se pode observar a precisão com que os incas construíam seus muros. As enormes pedras talhadas com exatidão impressionante eram encaixadas com as outras, sem o auxílio de qualquer massa para fazer a liga das peças. A inclinação proposital dos muros tinha por objetivo aumentar sua resistência aos inúmeros terremotos que atingiram a região.

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A presença das terraças agrícolas são a assinatura da inteligência dessa civilização.

A cidade perdida de Machu Picchu (velha montanha), construída no século XV, foi encontrada e divulgada somente em 1911, com a expedição do arqueólogo americano Hiram Bingham. O grandioso império Inca (filho do sol), era composto de mais de 12 milhões de cidadãos, enquanto a Europa contava com algo em torno de 7 milhões. Mesmo assim, os invasores espanhóis, em absoluta inferioridade numérica, conseguiram destruir a civilização mais organizada, inteligente e espiritualmente riquíssima, do mundo novo. Os motivos, como em toda história, foram a ganância por novas terras e riquezas, dentre elas, o ouro em abundância, usado pelos Incas na ornamentação de seus monumentos e vestimentas. Entretanto, esses invasores nunca descobriram a cidade de Machu Picchu.

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O que é hoje visitado em Machu Picchu representa somente 30% do que um dia ela foi. Os Incas escolheram o local para construir sua cidade sagrada por duas razões: primeiro porque as montanhas e o povo que ali vivia eram considerados sagrados, e porque a altitude fazia com que a região fosse perfeita para estudos astronômicos.

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Para se ter uma ideia de quão avançada era Machu Picchu, a cidade contava com terraços e aquedutos para conduzir a água, com sistema de drenagem subterrânea de fazer inveja à muitas cidades atuais. Os animais domesticados eram as lhamas e as alpacas, que forneciam, lã, transporte de carga e alimento aos incas.

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Não admira que a cidade perdida de Machu Picchu tenha permanecido escondida por tanto tempo, mesmo depois de abandonada pelos Incas, como forma de protegê-la dos invasores. Sua posição estratégica, cercada de montanhas inacessíveis na época, foi a chave para sua preservação.

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Por mais que se fale sobre as ruínas da cidade de Machu Picchu, pouco se pode transmitir em relação às sensações de estar pisando naquele solo rico em energia e espiritualidade. Todos devem, um dia, conhecer e perceber por si mesmo a força que emana do lugar. O diagrama abaixo lista os destaques da cidade.

Diagrama-da-cidade-de-Machu-Picchu

carimbo-passaporte-Machu-PicchuNão esqueça de levar seu passaporte e pegar o carimbo de sua passagem pelo Parque Arqueológico Nacional de Machu Picchu.

No pequeno vídeo a seguir, um pouco mais de Machu Picchu.

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